segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Era janeiro...

Era um lago sereno...
Patos, gansos e marrecos se deleitavam em suas águas mansas e calmas.
Ali, parado, observando aquela placidez - quase paz - um homem..., só.
Era um começo de tarde.
Quanta serenidade nos inspira uma tarde assim.
O vento nas folhagens, quase um sussuro.
Os pássaros procurando o melhor local para o seu aconchego.
Longe, aquele canto triste - quase pranto - de um bem-ti-vi.
Os bem-ti-vis, ao entardecer, teem um canto que é: um lamento.
É como se estivessem - ou quem sabe - estejam a procura do seu par, que saiu e até agora não voltou.
Que faço eu - em meio à tanta beleza - triste.
Me torno, sem querer, parte desta paisagem.
Um homem só, sentado à beira do lago, observando o quê?
Bom que ninguém saiba, ao homem, pouco ou nada daquela beleza, consegue tocá-lo.
Motivo: está olhando para dentro de si...